Dário Saadi novo polo tecnológico em parceria com Exército e Governo do Estado

Prefeito assinou memorando nesta segunda, 11, para início dos estudos para implantação

A instalação está prevista para acontecer em parte da área da Coudelaria do Exército
13 de Agosto de 2025 - 09h48

Campinas ganhará um novo parque tecnológico. O primeiro passo foi realizado na tarde desta segunda-feira, 11 de agosto, com a assinatura de um memorando de entendimento para estudos do futuro Centro de Ciência e Tecnologia do Exército.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, assinou o documento junto com o general Achilles Furlan Neto, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro, e com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, durante uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

"Hoje lançamos a semente de um ecossistema inovador que vai integrar ciência e tecnologia, consolidando Campinas como referência nacional e internacional em inovação", explicou o prefeito.

“A gente fica muito feliz com essa iniciativa do Exército, que foi intermediada pelo Governo de São Paulo, de levar o Parque Tecnológico de Defesa e Segurança para Campinas”, disse o governador Tarcísio de Freitas. Segundo ele, nada melhor do que uma cidade muito estruturada e vocacionada para educação, ciência e tecnologia como Campinas para sediar esse projeto. "Tenho certeza de que essa iniciativa vai fazer muita diferença na nossa cidade de Campinas”, destacou o governador.

A instalação está prevista para acontecer em parte da área da Coudelaria do Exército, entre Campinas e Valinhos. Somente a área dedicada ao futuro centro tem cerca de 200 mil metros quadrados. O parque será voltado para empresas de áreas de tecnologias de segurança, vigilância e defesa.

“É uma área que o Exército já tem e que será possível implantar essa nova unidade de tecnologia com o apoio do governo do estado. Gratidão ao Exército e ao governador por essa articulação que vai contribuir ainda mais com o desenvolvimento da área de inovação em Campinas”, complementou o prefeito Dário.

Parque tecnológico consolida plano do Exército

O desejo de fazer de montar um polo tecnológico do Exército em Campinas já vem de muito tempo, desde o final da década de 1970, segundo o General Achilles Furlan Neto, chefe do DCT.

“Hoje foi um dia muito importante para a ciência e a tecnologia do Exército Brasileiro e para o próprio Exército. Campinas foi uma escolha óbvia pelo centro de inovação que a cidade é e sempre foi. Agora com a ajuda da Prefeitura de Campinas e do Governo de São Paulo, o Exército conseguiu finalmente realizar esse objetivo. Temos muita esperança de que vários produtos saiam dessa parceria e que o Brasil fique soberano em ciência e tecnologia como ele tem que ser”, disse.

"A nossa responsabilidade enquanto Governo do Estado de São Paulo é fazer com que esse passo seja muito bem sucedido", complementa o governador Tarcísio de Freitas.

Como vai funcionar

Com prazo de cinco anos, o acordo vai contemplar estudos técnicos, institucionais e jurídicos para identificar o interesse comum e as possíveis formas de participação de cada ente na iniciativa, respeitando as competências e prioridades institucionais.

O General de Brigada Douglas Corbari Corrêa do DCT contou que será criado um núcleo para a realização dos estudos entre o Estado, a Prefeitura de Campinas e o Exército. “Queremos intensificar as atividades de ciência e tecnologia e, por meio do parque, promover a atração das empresas”, disse.

Segundo o general Corbari, a coordenação dos estudos será compartilhada entre os três entes. Ainda na fase de concepção, o projeto poderá contemplar empresas de outras áreas, para além da defesa e segurança. Será feito um chamamento para as empresas interessadas.

Fases de estudo

Financiamento, infraestrutura, gestão ambiental e construção: discussão de possibilidades de fomento e desenvolvimento da infraestrutura física necessária, como laboratórios, centros de pesquisa, espaços para startups e áreas de testes;
Captação de talentos e estímulo à pesquisa;
Concepção dos ambientes de inovação, regulamentação e certificações;
Estratégias para o início das atividades, consolidação do ecossistema e promoção da integração entre os setores público, privado e acadêmico.